Nome científico: Prunus persica L. Batsh
Nome popular: Pêssego
Família botânica: Rosaceae.
Características gerais: O pêssego é originário da China, sendo uma das primeiras frutas introduzidas pelos portugueses no Brasil, tendo sido cultivada comercialmente apenas no século 20, com a obtenção e introdução de variedades aqui adaptadas, o que mostra a importância da pesquisa agrícola.
Atualmente, é produzida em SP, SC, PR, MG e RS, o maior produtor nacional. A indústria consome até 43% da produção e o mercado ao natural, outros 57% em média. É uma das frutas de clima temperado mais importantes no país. O pêssego comercializado é de muitas variedades, com alta qualidade e alguns com boa conservação pós-colheita. Sua fruta, do tipo drupa, tem um caroço, ou semente, variando sua forma, tamanho e cor, além do tipo, ou seja, para indústria ou consumo ao natural.
A época de produção das variedades nacionais vai de setembro a fevereiro. A polpa é muito saborosa, tenra em algumas variedades, com sabor e aroma típicos, sendo mais firme nas variedades importadas. O Brasil ainda importa pêssego para suprir a falta da fruta durante o período sem produção nacional.
Pessegueiros floridos e, à direita, flor do pessegueiro em detalhe (Fotos: Denise Gomes D’Oliveira Ludwig)
Variedades: as principais variedades de mesa no mercado nacional apresentam polpa branca, sabor doce-acidulado e pele róseo-avermelhada. As variedades Chimarrita, Chiripá, Douradão, Marli, Aurora, Dourado e Joia são as principais. As variedades nacionais são ofertadas de meados de setembro-outubro a janeiro, enquanto as importadas, de novembro a março e em menor volume no meio do ano.
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas
Originário da China, embora antes do século XIX muitos acreditassem ser proveniente da Pérsia – daí o nome Prunus persica – o pessegueiro foi uma das espécies de clima temperado que mais rapidamente se espalhou pelo mundo. Na China, onde há relatos da existência de pessegueiros, em estado selvagem, que datam de 6000 a 7000 a C., o pessegueiro é considerado símbolo da longevidade.Poucas espécies frutíferas adaptaram-se a tão diversas situações climáticas como esta mesmo em áreas de latitudes tão baixas como 18 – 20º. Em altas altitudes (superiores a 2.800 m) esta espécie é cultivada inclusive na América Central, no Equador.
No Brasil, o pessegueiro foi introduzido em 1532 por Martim Afonso de Souza na Capitania de São Vicente, hoje estado de São Paulo. Atualmente, é cultivado no Sul e Sudeste do país, com ótimos resultados desde que utilizadas cultivares adaptadas às condições locais acompanhadas de adequado manejo do solo e planta. Nesse contexto cabe salientar a importância de um bom início do pomar, o que implica mudas com idoneidade genética e alta sanidade. A qualidade da muda não é vista apenas externamente. Há fatores internos (não observados visualmente) que podem trazer sérios prejuízos ao pomar, como, por exemplo, alguns vírus e viroides e mesmo bactérias.
As raízes do porta-enxerto são de grande importância devendo estar isentas de nematoides, fungos e terem um desenvolvimento compatível com a copa. Isso enfatiza a necessidade de que a aquisição de mudas seja de viveiristas idôneos, registrados no MAPA e que, portanto, sigam a legislação vigente para comercialização de mudas de qualidade. (Maria do Carmo Bassols Raseira – Pesquisadora Embrapa Clima Teperado).
As principais ações de pesquisa com essa espécie envolvem a criação e a adaptação de cultivares que sejam resistentes a doenças, produzam frutas de qualidade e atendam ao gosto do consumidor em relação à coloração da epiderme, equilíbrio acidez/açúcar e tamanho, além de apresentarem resistência ao transporte e armazenamento.
O pêssego apresenta um curto período de armazenamento, não mais que trinta dias, assim devem ser tomados todos os cuidados em relação aos danos provocados por pragas, doenças e durante o transporte. O recomendado é realizar a colheita direta na caixa de comercialização.
Fonte: Prof. Dr. JOSÉ CARLOS FACHINELLO, Professor Titular. Departamento de Fitotecnia FAEM/UFPEL. Pelotas,RS
Componente | Quantidade por 100g |
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Energia (Kcal) | 39 kcal |
Carboidratos | 9.5 g |
Proteínas | 0.9 g |
Gorduras Totais | 0.3 g |
Fibras | 1.5 g |
Vitamina C | 6.6 mg |
Potássio | 190 mg |
Cálcio | 6 mg |
Magnésio | 9 mg |