Nome científico: Cucumis melo L.
Nome comum: Melão
Família botânica: Cucurbitaceae
Características gerais: O melão é uma olerícula de importância sócio-econômica na produção hortícola mundial. Pertence a família Cucurbitácea, com características morfológicas de plantas herbáceas, cujo principal órgão utilizado é o fruto, o qual se constitui de uma baga geralmente grande cujas paredes externas endurecem e as internas permanecem carnosas. O fruto contém várias sementes fortemente aderidas à polpa de formato ovalado e medindo em torno de 10 mm de comprimento (Filgueira, 1981).
Há discordância entre os historiadores sobre a origem do melão (Cucumis melo L.). Alguns dizem que surgiu na Pérsia (atual Irâ), outros no Afeganistão ou ainda na Armênia. O cultivo de melões está registrado em pinturas egípcias de 2500 AC. Foi um dos alimentos consumidos pelo povo judaico na travessia do deserto e está citado na Bíblia, no Antigo Testamento. O cultivo comercial no Brasil teve início na década de 1960.A cultura se estabeleceu em São Paulo e no Rio Grande do Sul, mas a adaptação climática, no início dos anos 1980, propiciou a transferência para a região Nordeste, que hoje domina a produção. A produção brasileira estava restrita, até poucos anos atrás, ao melão Amarelo e Honey Dew Orange, mas outras variedades vêm aumentando gradativamente sua participação.
Principais variedades:
AF-682 – Cultivar híbrido tipo amarelo, com boa tolerância ao vírus do mosaico do mamoeiro, estirpe melancia (PRSV-W) e raça 1 de oídio. Os frutos têm formato elíptico, casca amarelada levemente enrugada, cavidade interna pequena, uniforme, peso médio de 1,5 kg, sabor extremamente doce e precocidade de colheita em torno de 75 dias após a semeadura.
AF-646– Cultivar híbrido tipo amarelo, com boa tolerância ao vírus do mosaico do mamoeiro, estirpe melancia (PRSV-W) e raça 1 de oídio. Os frutos têm formato elíptico, casca amarelada levemente enrugada, cavidade interna pequena, uniforme, peso médio de 1,4 kg, sabor extremamente doce e precocidade de colheita.
Gold Mine – Cultivar híbrido tipo amarelo, muito produtivo, tendo apresentado boa tolerância em campo às raças 1 e 2 de oídio, 0, 1 e 2 de fusarium e míldio. Os frutos tem formato redondo-ovalado, de cor amarelo-dourada, casca levemente enrugada, muito firme, polpa creme-esverdeada, grossa, crocante e doce, teor de açúcar médio de 10° Brix, pequena cavidade de sementes e peso variando de 1,5 a 2,0 kg. A colheita precoce ocorre, em geral, aos 60-65 dias do plantio (Pedrosa, 1999; Petoseed, 1998).
Tendency – Cultivar híbrido tipo “pele de sapo” recém-lançada, plantas vigorosas e abundante cobertura foliar que protege os frutos de queimaduras causadas pelo sol, além de alta produtividade. Apresenta alta qualidade de frutos, sendo o formato redondo/ovalado, peso médio de 1,3 kg, casca enrugada, coloração verde com manchas verde-escuras e amarelas, polpa espessa e crocante de coloração creme-verde-clara, pequena cavidade de sementes, excelente sabor e alto brix. Precocidade de colheita aos 55-60 dias (Petoseed,1999).
Honeydew – Cultivar de polinização aberta (andromonoica), boa conservação pós-colheita, recomendada para o mercado de exportação dos Estados Unidos, principalmente. Colheita tardia entre 70 e 80 dias. Frutos sem odor, casca bem lisa de coloração branco-creme brilhante, formato globular, peso médio de 1,5 kg. Polpa esverdeada, suculenta, de textura fina e doce. Uma característica do Honeydew é que o fruto não se destaca da rama como em outros tipos, necessitando o corte com tesoura.
Hy-Mark – Cultivar híbrido, tipo Cantalupensis, muito produtivo, com alto pegamento de frutos. Os frutos de formato levemente ovalado/arredondado, peso entre 1,4-1,5 kg, com casca reticulada, sem suturas e polpa de cor salmão muito forte, pequena cavidade de sementes, sabor muito doce e muito aromático. Altamente resistente a oídio raça 1 e tolerante a aplicação de enxofre. A maturação ocorre aos 62-67 dias, aproximadamente, acompanhada do início de desprendimento do pedúnculo (Petoseed, 1999; Pedrosa, 1998).
Composição química: O melão é especialmente rico em elementos minerais, particularmente potássio, sódio e fósforo. Já o valor energético é relativamente baixo, 20 a 62 kcal/100g de polpa e a porção comestível representa 55% do fruto (Franco, 1992; Artés et al., 1993; Robinson e Decker-Walters, 1997). Em geral, o melão apresenta quantidades substanciais dos ácidos cítrico e málico, com predominância do primeiro. Mendlinger e Pasternak (1992) reportam teores de ácido cítrico variando de 0,051% a 0,35%. Melões são frutos de alto teor de umidade e baixo valor calórico.
Destacam-se pelo seu conteúdo em minerais e vitaminas C e A, esta última principalmente; naqueles que possuem polpa alaranjada devido à presença do ß-caroteno (Costa & Pinto, 1977). A qualidade dos frutos está relacionada à aparência externa, espessura e cor da polpa, alta percentagem de sólidos solúveis totais (> 10%), sabor e aroma agradáveis característicos. Polinizações cruzadas com espécies incompatíveis e condições ambientais que restringem atividade fotossintética, reduzindo o teor de açúcar do fruto, são fatores que interferem na qualidade e consequente aceitação para consumo.
Usos: O fruto do melão é consumido in natura, como ingrediente de saladas com frutas ou outras hortaliças e na forma de suco. O fruto maduro tem propriedades medicinais: é tido como calmante, refrescante, alcalinizante, mineralizante, oxidante, diurético, laxante e emoliente. É também recomendado para o controle de gota, reumatismo, artritismo, obesidade, colite, atonia intestinal, prisão de ventre, afecções renais, litíase renal, nefrite, cistite, leucorreia e uretrite (Balback, s.d).
Fonte: SOUZA, Ana P.; YAMADA, Ruth. Melão. Universidade de Mogi das Cruzes. 12/01/2011
O melão é uma planta que pertence ao gênero Cucumis, a espécie Cucumis melo L., à família botânica das Cucurbitáceas, na qual Mallick e Masui (1986) relacionaram 40 variedades botânicas, sugerindo que pode haver duplicação de nomes. Destacam-se as variedades Cucumis melo var. callosus, Cucumis melo var. acidulus, Cucumis melo var. cantalupensis e Cucumis melo var. reticulatus, onde se incluem vários tipos de menor importância botânica.
A principal variedade é da cultivar Valenciano-Amarelo. Esta cultivar possui polinização aberta, com expressão sexual andromonoica (portadoras de órgão masculinos e hermafroditas), de hastes longas e vigorosas, e folhas grandes. Apresenta frutos globulares alongados, casca fina com rugas longitudinais e coloração amarela.
A polpa é esbranquiçada e espessa, sem odor, e possui grande quantidade de sementes, além de apresentar características precoces e ótima resistência ao manuseio, transporte e conservação pós-colheita, e seus frutos são considerados não climatéricos. Pesa em torno de 1,5 a 2,5 kg.
Além do consumo como fruto fresco, diversos produtos são elaborados com o fruto do melão como cachaça, perfumes e ração para animal. (Dr. AMILTON GURGEL GUERRA. Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte – EMPARN).
Componente | Quantidade por 100g |
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Energia (Kcal) | 34 kcal |
Carboidratos | 8.6 g |
Proteínas | 0.8 g |
Gorduras Totais | 0.2 g |
Fibras | 0.9 g |
Vitamina C | 36.7 mg |
Potássio | 267 mg |
Cálcio | 9 mg |
Magnésio | 12 mg |