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// O motor da economia azul

O motor da economia azul

Jorge Albuquerque (*)

Falar sobre economia azul é muito mais do que discutir o uso consciente dos recursos marinhos. É pensar em desenvolvimento sustentável a partir do oceano, e isso inclui, de forma direta e decisiva, a logística portuária. Os portos não são somente pontos de entrada e saída de mercadorias. São peças centrais para que a economia azul deixe de ser uma ideia promissora e se transforme em realidade palpável.

O Brasil, com mais de 8 mil quilômetros de litoral e um vasto patrimônio ambiental costeiro, ainda explora timidamente o potencial estratégico de sua costa. Temos, por um lado, riqueza em biodiversidade, pesca, turismo e energia renovável. Por outro, uma infraestrutura portuária que precisa acompanhar as demandas do século 21. Modernizar essa cadeia logística com mais eficiência, digitalização e sustentabilidade é condição essencial para tornar o país protagonista na chamada economia do mar.

A logística portuária sustentável deve ser entendida como um eixo estruturante desse novo modelo de desenvolvimento. Isso passa por investir em tecnologias limpas, reduzir emissões de carbono nas operações, garantir o controle de resíduos e, principalmente, promover a integração inteligente entre portos, modais terrestres e zonas produtivas.

Ao promover cadeias logísticas mais eficientes, os portos também impulsionam setores estratégicos, como a aquicultura, o transporte marítimo de baixo impacto, a geração de energia offshore e a biotecnologia marinha. Mais do que escoar produtos, a nova lógica da logística portuária deve incluir a circulação de inovação, conhecimento e boas práticas ambientais.

Portos modernos vão além do valor competitivo para serem vetores de responsabilidade socioambiental. Com o investimento em infraestrutura verde, capacitação de pessoas e tecnologias disruptivas, o setor logístico amplia seu protagonismo e se alinha aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), contribuindo para um crescimento econômico mais justo e equilibrado.

Pensar no futuro da economia azul é, portanto, reimaginar o papel da logística portuária. Não mais como um suporte, mas como um motor. Não mais como um elo final, mas como um ponto de partida para um novo ciclo econômico. Um ciclo em que preservar, desenvolver e conectar andam juntos, com os portos abrindo caminho para um oceano de possibilidades.

(*) Jorge Albuquerque é diretor de Negócios da Termaco Logística

 

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